11 de Maio
Não o Alcançaremos, nem na Ponta dos Pés

"Com a fraternidade, o amor" - II Pedro 1.7

    O amor é indefinido para a maioria das pessoas; não sabemos o que queremos dizer quando falamos sobre o amor. O amor é uma preferência exclusiva por determinada pessoa, e, no campo espiritual, Jesus exige que essa preferência seja por ele (cf. Lucas 14.26). Quando o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, Jesus Cristo se torna automaticamente o primeiro em nossa vida; aí, então, devemos pôr em prática o desenvolvimento dessas atitudes mencionadas por Pedro.

A primeira coisa que Deus faz é expulsar de mim a pretensão e o orgulho espiritual. O Espírito Santo revela que Deus me amou, não porque eu fosse digno de ser amado, mas porque sua natureza é amar. Agora, diz ele, mostre aos outros esse mesmo amor: "Ameis... assim como eu vos amei". "Eu o cercarei de muitas pessoas às quais você não consegue respeitar, e você deve demonstrar-lhes o meu amor, como eu o demonstrei a você". Você não o alcançará, mesmo que se estique até na ponta dos pés. Alguns de nós já tentaram fazê-lo, mas não demoraram a se cansar.

     "O Senhor é paciente...". É só eu olhar para dentro de mim mesmo e verei como ele me tem tratado. A conscientização de que Deus me ama de forma absoluta, apesar de todos os meus pecados, baixeza, egoísmo e erros, é que me fará sair pelo mundo para amar os outros do mesmo modo. O amor de Deus por mim é inexaurível, e meu amor pelos outros deve partir dessa mesma base inabalável. O crescimento na graça cessa no momento em que me irrito. Irrito-me por que tenho que conviver com uma pessoa difícil. E eu, como tenho sido desagradável para Deus! Estarei disposto a identificar-me de tal maneira com o Senhor Jesus, que sua brancura flua de mim para os outros o tempo todo? Nem o amor natural nem o divino permanecem se não forem cultivados. O amor é algo espontâneo, mas tem que ser cultivado pela disciplina.

TUDO PARA ELE